segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Por que não sou um psicanalista (Parte 2)

Parte 2: A Clínica



2.1 Introdução

A Psicanálise surgiu na clínica. Freud construiu a Psicanálise à medida que se defrontava com casos que eram ignorados pela Psicologia e Psiquiatria da época ou apresentavam explicações que não satisfaziam o pai da Psicanálise. Não apresentavam explicações e, principalmente, tratamento. O que orgulhava Freud era que, apesar de todos os problemas e lacunas da Psicanálise (que ele reconhecia e, com razão, achava natural de toda ciência), ela era a mais eficiente de todas as psicoterapias. Ou, em suas palavras, “Comparada com outros procedimentos psicoterapêuticos a psicanálise é, fora de dúvida, o mais eficiente.” (FREUD, 1933/1976, p.187)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Por que não sou um psicanalista (Parte 1)

Quem me conheceu na faculdade frequentemente se espanta ao saber que escolhi a Análise do Comportamento em detrimento da Psicanálise. O espanto é justificado até, já que cheguei no curso de Psicologia já com alguma leitura de Psicanálise e passei quase o curso inteiro estudando preferencialmente esta. Fui monitor de disciplinas psicanalíticas, dei aulas sobre o tema, fundei e coordenei o grupo de estudos em Psicanálise de lá, escolhi todos os estágios que podia de orientação psicanalítica, batia boca com professores e alunos que falavam besteira de Psicanálise e era bem quisto por muitos professores psicanalistas.

Para responder essas pessoas, decidi escrever este texto, falando um pouco do por que abandonei a psicanálise.