Li recentemente um artigo do Botomé chamado “A Quem Nós, Psicólogos, Servimos de Fato?”. Este artigo foi publicado em 1979, procurando responder a pergunta-título e, para isso, trouxe dados de pesquisas e questionamentos autocríticos. Esse artigo ficou bastante conhecido e é muito lido, principalmente pelo pessoal da chamada “Psicologia Social”, por denunciar o incontestável elitismo da Psicologia, cujos serviços apenas uma pequeníssima parcela da população pode pagar.
O “elitismo” da Psicologia (uma maneira grosseira de sintetizar o problema do acesso aos serviços de Psicologia, apontado por Botomé) é, sem dúvida, algo ainda presente e pertinente de ser debatido. Mobiliza-me mais, no entanto, outra forma de elitismo, também abordada por Botomé: um elitismo intelectual.