sábado, 24 de dezembro de 2011

Então é Natal...


Gosto muito do Natal, o que causa estranheza a muitas pessoas, por acreditarem que o Natal é algo apreciado apenas por religiosos. E vejo, de fato, um grande número de pessoas, crentes e descrentes, com problemas sérios com o Natal. Gosto dele sem vinculá-lo a nada religioso e decidi escrever esse breve texto pra falar um pouco sobre isso. É – pasmem! – uma defesa do Natal.


sábado, 8 de outubro de 2011

Explicações Diferentes Podem Ser Igualmente Boas?

Já que esta semana estou sem tempo pra escrever a Parte 3 do "Por que não sou um psicanalista", aproveito para compartilhar com vocês uma apresentação que fiz na JMCC (Jornada Mineira de Ciência do Comportamento) deste ano, intitulada "Explicações diferentes podem ser igualmente boas? - O pragmatismo como árbitro para questões epistemológicas".

Nos comentários de alguns textos deste blog (especialmente do "Ciência, cientificismo e outros "ismos"", e do "Por que não sou um psicanalista" Parte 1 e Parte 2), surgiram questões relativas ao que abordo nessa apresentação. Como alguns dos leitores do blog não conhecem o vídeo, eis uma boa oportunidade de divulgá-lo.

Na apresentação procuro falar sobre a ideia - aliás, muito presente nas ciências humanas e sociais - de que não existem teorias melhores ou piores, apenas partem de pontos de vista/ epistemologias/ visões de mundo diferentes, sendo igualmente boas, igualmente válidas.

Devido à limitação de tempo da apresentação, acabo tendo de simplificar tanto o argumento que refuto, quanto minha refutação dele. Mas acho que dá pra captar a ideia central. Confiram:

Parte 1:


Parte 2:

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Por que não sou um psicanalista (Parte 2)

Parte 2: A Clínica



2.1 Introdução

A Psicanálise surgiu na clínica. Freud construiu a Psicanálise à medida que se defrontava com casos que eram ignorados pela Psicologia e Psiquiatria da época ou apresentavam explicações que não satisfaziam o pai da Psicanálise. Não apresentavam explicações e, principalmente, tratamento. O que orgulhava Freud era que, apesar de todos os problemas e lacunas da Psicanálise (que ele reconhecia e, com razão, achava natural de toda ciência), ela era a mais eficiente de todas as psicoterapias. Ou, em suas palavras, “Comparada com outros procedimentos psicoterapêuticos a psicanálise é, fora de dúvida, o mais eficiente.” (FREUD, 1933/1976, p.187)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Por que não sou um psicanalista (Parte 1)

Quem me conheceu na faculdade frequentemente se espanta ao saber que escolhi a Análise do Comportamento em detrimento da Psicanálise. O espanto é justificado até, já que cheguei no curso de Psicologia já com alguma leitura de Psicanálise e passei quase o curso inteiro estudando preferencialmente esta. Fui monitor de disciplinas psicanalíticas, dei aulas sobre o tema, fundei e coordenei o grupo de estudos em Psicanálise de lá, escolhi todos os estágios que podia de orientação psicanalítica, batia boca com professores e alunos que falavam besteira de Psicanálise e era bem quisto por muitos professores psicanalistas.

Para responder essas pessoas, decidi escrever este texto, falando um pouco do por que abandonei a psicanálise.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Quem Servimos de Fato?



Li recentemente um artigo do Botomé chamado “A Quem Nós, Psicólogos, Servimos de Fato?”. Este artigo foi publicado em 1979, procurando responder a pergunta-título e, para isso, trouxe dados de pesquisas e questionamentos autocríticos. Esse artigo ficou bastante conhecido e é muito lido, principalmente pelo pessoal da chamada “Psicologia Social”, por denunciar o incontestável elitismo da Psicologia, cujos serviços apenas uma pequeníssima parcela da população pode pagar.

O “elitismo” da Psicologia (uma maneira grosseira de sintetizar o problema do acesso aos serviços de Psicologia, apontado por Botomé) é, sem dúvida, algo ainda presente e pertinente de ser debatido. Mobiliza-me mais, no entanto, outra forma de elitismo, também abordada por Botomé: um elitismo intelectual.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Uma importante lição

Sempre tive dificuldade de identificar de onde provém meu ceticismo. Comecei a questionar tudo muito cedo, me interessar por Filosofia muito cedo e fui o primeiro da minha família a me tornar ateu. Na verdade, por muito tempo não conhecia pessoalmente nenhum outro ateu além de mim.

Mas há um evento em minha infância que me marcou muito e acredito ter sido decisivo em minha vida. Foi algo simples, mas profundamente significativo.

sábado, 6 de agosto de 2011

Em defesa de um Estado Laico


Este texto faz parte da Postagem Coletiva em defesa do Estado Laico, promovido pelo Livres Pensadores.



O que é Estado Laico?

Estado Laico é uma nação ou país que não adota oficialmente uma religião e não toma suas decisões baseado em dogmas de quaisquer religiões. Da mesma forma, não dá preferência ou concede privilégios a seguidores de qualquer religião. O Estado Laico garante o direito de cada um ter sua crença (ou descrença) sem posicionar-se diante de temas religiosos. Há uma separação obrigatória entre Igreja e Estado.



segunda-feira, 25 de julho de 2011

Autoridade


Todos nós tendemos a confiar mais em algumas pessoas do que em outras. Temos amigos aos quais fazemos confidências que não faríamos a nenhuma outra pessoa; temos grupos nos quais confiamos para falar sobre determinados assuntos mas não sobre outros; conhecemos pessoas das quais aceitamos alegremente conselhos sobre qual o melhor carro para comprarmos, mas jamais sobre relacionamentos; e por aí vai.


Geralmente essa confiança é conquistada ao longo do tempo. A pessoa nos dá mostras de podermos confiar nela ou então mostras de que não podemos. Em alguns casos, essa confiança nem é adquirida ao longo do tempo, como, por exemplo, quando alguém em quem confiamos nos indica que Fulano sabe muito sobre carros e deveríamos aceitar seu conselho a respeito. E há ainda aqueles em quem confiamos não por nossa experiência, nem devido à indicação de várias pessoas ou de uma pessoa de confiança, mas porque ocupam posições de autoridade.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sobre a astrologia e a homeopatia

Em meu último texto, mencionei a astrologia e a homeopatia como práticas não-cientificas que muitas pessoas acreditam, devido às suas experiências com elas. Abordei ambas apenas muito brevemente e algumas pessoas ficaram incomodadas com isso.

Não vou escrever mais sobre ambas, mas enquanto não publico meu próximo post, achei que poderia ser válido indicar alguns vídeos sobre ambos os assuntos (astrologia e homeopatia), complementares ao que disse anteriormente.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ciência, cientificismo e outros "ismos"

A estima com relação à ciência parece variar desde a total confiança até o mais completo descrédito. Há desde aqueles que tomam “científico” como sinônimo de “verdadeiro”, até aqueles que vêem a ciência como uma maneira limitada de compreender os fenômenos, além de viver mais de erros do que de acertos.

Muitos de nós conhecemos pessoas que representam bem estes dois extremos. Por exemplo, não é incomum conhecermos pessoas que, por ouvirem na televisão que os cientistas descobriram que comer ovo faz bem, passam imediatamente a comer ovos. Se no mês seguinte lêem no jornal que cientistas descobriram que comer ovo faz mal, imediatamente cortam os ovos de sua dieta. Da mesma forma, rejeitam práticas diversas sem sequer a conhecerem por não serem “comprovadas científicamente”, mesmo sem saber exatamente por que não o são.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Só mais um blog pessoal

Abro este blog por livre e espontânea pressão. A idéia é que ele faça parte de uma empreitada maior: o blog do Círculo da Savassi. O que pretendemos é que cada membro do Círculo da Savassi tenha um blog pessoal onde escreva quaisquer coisas de seu interesse e estes blogs, por sua vez, estarão vinculados ao blog-mãe do Círculo. Assim, as postagens que são de interesse comum ao Círculo irão para o blog do Círculo da Savassi.

Mas já aviso que estas serão minoria por aqui. Este é um blog de um psicólogo, não um blog de Psicologia. Pretende ser um buraco-negro na internet, um locus virtual onde vomitarei logorréicamente sobre assuntos mais diversos - inclusive assunto nenhum. Não haverá esmero ou revisão; não haverá critério. Será um espaço para exercício de escrita (estílica livre, nada acadêmica), para falar de assuntos os quais eu jamais teria tempo de sentar, sistematizar e produzir acadêmicamente sobre todos eles. É uma lixeira intelectual.

O que não quer dizer que não possa vir a ser interessante...


PS: o teor deste post não irá reger o teor do blog. Não há teor do blog.